LUGARES
Centro e Porto
Centro Histórico:
• O primeiro loteamento da cidade iniciou em meados de 1815, nas terras da sesmaria do capitão Antônio Francisco dos Anjos. O proprietário acordou com Padre Felício Pereira em construir uma igreja e a moradia do vigário nesse local. Foram instalados casas e comércio da época ao redor da capela, assim como os primeiros arruamentos da Freguesia de São Francisco de Paula em forma de tabuleiro, herança da organização urbana de Portugal. Esse espaço corresponde hoje ao entorno e arredores da Praça José Bonifácio.
• Em 1835, a instalação do segundo loteamento ocorreu mais ao sul, em direção às terras que pertenciam ao capitão Francisco Pires Cazado e sua esposa Mariana Eufrásia da Silveira. Para atender a crescente população da região, essa área foi doada com a finalidade de sediar os principais prédios públicos necessários em uma cidade, tais como: prefeitura, mercado, biblioteca, teatro, escola. O espaço corresponde hoje ao entorno e arredores da Praça Coronel Pedro Osório, local onde foi instalado o centro administrativo e cultural pelotense.
• Do mais antigo ao mais recente, os principais prédios históricos remanescentes são: Catedral Metropolitana São Francisco de Paula, Casa 2 (atual Centro Cultural Adail Bento Costa e Secretaria de Cultura - SECULT), Antigo Quartel Legalista (atual Secretaria de Desenvolvimento, Turismo e Inovação - SDETI), Theatro Sete de Abril, Mercado Central, Bibliotheca Pública Pelotense, Clube Caixeiral, Casa 6, Casa 8 (atual Museu do Doce), Paço Municipal (atual Prefeitura de Pelotas), Antiga Escola de Agronomia Eliseu Maciel (atual Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo), Casa Assumpção, Casa de Pompas Fúnebres Moreira Lopes, Residências Geminadas (atual Museu de Ciências Naturais Carlos Ritter), Theatro Guarany, Grande Hotel, Antiga Sede do Banco do Brasil.
Zona Portuária:
• A exploração comercial do Porto de Pelotas foi concedida pela União ao estado do Rio Grande do Sul em 1928, as obras começaram em 1933 e o início das operações foi em 12 de janeiro de 1940. O projeto inicial era de três armazéns e 464 metros de cais, estrutura existente até hoje. É importante ressaltar, entretanto, que o local já era utilizado como porto muitos anos antes de sua construção oficial.
• Investidores nacionais e estrangeiros transformaram a zona portuária em um notável distrito industrial através da instalação de diferentes fábricas. Até meados do século XX, a região teve como principal característica ofertar vagas de trabalho, o que contribuiu para seu crescimento demográfico e na criação de outros loteamentos. O fechamento das indústrias e abandono dos prédios fabris ocasionou a posterior degradação dessa área.
• Hoje, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) utiliza alguns desses complexos industriais como unidades acadêmicas, ressignificando antigos espaços através de novos usos. Os principais prédios históricos requalificados são: o Frigorífico Anglo (atual Campus Anglo, sede da Reitoria), a Cervejaria Brahma (atual Livraria e Editora), a Cooperativa Sul-Rio-Grandense de Lã Cosulã (atual Instituto de Ciências Humanas - ICH), a Fábrica de Massas e Biscoitos Cotada (atual Centro de Engenharias - CENG) e a Alfândega.