Revoluções:

• Nos primeiros anos do século XIX, Pelotas era a cidade mais importante e rica do interior do Rio Grande do Sul e se tornou palco de intensos conflitos. Em 1835, os estancieiros descontentes com as altas taxas impostas pelo Governo Imperial sobre o charque apoiaram um movimento que desencadeou a Revolução Farroupilha. Pelotas ocupava uma posição estratégica e ficou bem no meio do conflito. Em dez anos de guerra, mais da metade da população abandonou a cidade, tomada e retomada por Farrapos e Imperialistas.

• Domingos de Almeida, que hoje é o nome de uma importante avenida da cidade, era um dos cérebros da revolução. Republicano, influenciou para que a província se tornasse independente. Da fazenda de Domingos, saíram a maioria dos Lanceiros Negros, uma tropa de escravos que lutou em busca da liberdade. Mortos numa emboscada, o massacre é um dos episódios mais covardes e vergonhosos da guerra.

• Anos mais tarde, Pelotas era palco de outra revolução. Em 1893, estourava a Revolução Federalista, que tentou tirar do poder o então presidente do estado, Júlio de Castilhos. O conflito foi bem violento e durou até 1895, ficando conhecido pelas degolas. O tratado de paz foi assinado em território pelotense.

• A calmaria durou até 1923. Chimangos a favor do governo Borges de Medeiros e maragatos a favor de Assis Brasil levantaram-se em armas. Pelotas era a principal cidade do interior e chegou a ser tomada pelo general revolucionário Zeca Neto. A invasão foi registrada até em foto.