Pioneiros:

• O primeiro barco a vapor construído no Brasil e o primeiro a navegar pelas águas do estado do Rio Grande do Sul foi idealizado e construído em Pelotas. Antônio José Gonçalves Chaves, Domingos José de Almeida e José Vieira Viana firmaram uma sociedade comercial e construíram um barco a vapor. Os três construtores importaram o motor dos Estados Unidos e inauguraram o barco batizado de “Liberal” em 1832. Foi utilizado inicialmente na exploração do transporte de charque entre Pelotas e Rio Grande, mas a Marinha do Império requisitou a embarcação em 1836, sendo então utilizada como navio de guerra às forças revolucionárias comandadas pelo Major João Manoel de Lima e Silva.

• A primeira casa de espetáculos do Rio Grande do Sul e a quarta do país foi construída em Pelotas a partir da criação da Sociedade Scenica Theatro Sete de Brasil. Seu nome foi escolhido pelos sócios da Sociedade Dramática em homenagem a data em que Dom Pedro I abdicou do trono em favor do seu filho, Dom Pedro II, fato histórico que é considerado como a segunda Independência do Brasil. Sua inauguração ocorreu em 02 de dezembro de 1833, no dia do aniversário de Dom Pedro II, ficando duplamente ligado à figura do Imperador. O Theatro Sete de Abril foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1972, e municipalizado em 1979.

• O primeiro longa metragem de ficção do Brasil, exibido em 1914, foi produzido em Pelotas pelo diretor português Francisco Santos, o qual era dono da empresa Guarany Fábrica de Fitas Cinematográficas. O longa denominado “O Crime dos Banhados” foi baseado em uma tragédia ocorrida em 1912 na cidade de Rio Grande e possui mais de duas horas de duração. Além disso, o mesmo diretor é responsável pela produção do mais antigo curta metragem existente no país, o curta mudo “Os Óculos do Vovô”.

Personalidades:

• Pelotas também é pioneira na conquista de reconhecimento mundial pela música. A soprano pelotense Zola Amaro foi a primeira cantora lírica brasileira a conquistar o sucesso internacional. Ela teve a oportunidade de se apresentar nos maiores teatros do planeta, como no Solis em Montevideo (Uruguai), no Constanzi em Roma (Itália), no Coliseo em Buenos Aires (Argentina) e no Verdi em Florença (Itália). Zola ainda foi a primeira cantora lírica sul-americana a cantar no Teatro Scala em Milão (Itália).

• Em 8 de setembro de 1930, foi realizado o Concurso Internacional de Beleza, conhecido hoje como Miss Universo. Nessa ocasião foi eleita a primeira Miss Universo, a jovem pelotense de 20 anos Yolanda Pereira. Além de ganhar o título internacional, Yolanda também recebeu a faixa de primeira Miss Brasil. Cidadã Emérita de Pelotas, possui um monumento em sua homenagem na Praça Coronel Pedro Osório em forma de coluna grega, a qual recorda seu nome e sua “beleza grega”.

• João Simões Lopes Neto (1865 - 1916) foi um importante escritor pelotense, considerado o maior escritor regionalista da literatura brasileira, pioneiro nesse gênero de produção literária que valorizava o resgate histórico e cultural do gaúcho e suas tradições. Algumas das principais obras são: O Negrinho do Pastoreio, Contos Gauchescos, Lendas do Sul, Casos do Romualdo, Cancioneiro Guasca e Terra Gaúcha. Pelotas dedica duas homenagens importantes à esta figura ilustre: o Instituto João Simões Lopes Neto, localizado na antiga residência do escritor, que desenvolve projetos de documentação, divulgação e promoção artística cultural de sua vida e sua obra; e famosa estátua em bronze instalada em um dos bancos da Praça Coronel Pedro Osório.

Curiosidade Temperada:

> Você sabe qual é o jornal mais antigo do estado do Rio Grande do Sul?

• Fundado em 27 de agosto de 1890 pelo Coronel Pedro Osório, o Diário Popular é pioneiro na história da imprensa gaúcha e brasileira, sendo o jornal mais antigo do Rio Grande do Sul e o terceiro mais antigo do Brasil com circulação diária ininterrupta. Possui formato de tablóide e suas edições circulam pelos 23 municípios da Zona Sul do estado.

• O DP conta com um site desde 1997, criado com o intuito de levar as notícias de maneira mais rápida a todos os seus leitores, porém sem substituir o jeito tradicional de entregar as informações através das edições impressas. Um fato interessante é que a Bibliotheca Pública Pelotense possui um acervo de exemplares com todas as edições já publicadas pelo Diário Popular. Esse local pode ser visitado, basta seguir algumas regras simples que auxiliam na conservação e no manuseio correto dos materiais.